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Inovadores culturais do Paraná apresentam seus projetos e negócios no Mercado das Indústrias Criativas, em Belém do Pará

Atualizado: 20 de jul.



Inovadores culturais do Paraná participam do Mercado das Indústrias Criativas (MICBR) que acontece em Belém, no Pará, entre os dias 8 e 12 de novembro. O evento reunirá empreendedores culturais de diversos setores em rodadas de negócios, palestras, apresentações e oficinas, com programação gratuita e aberta ao público. 


Promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) e pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), o MICBR contará com uma programação que inclui 15 setores criativos, sendo eles Artes Técnicas, Artesanato, Artes Visuais, Audiovisual & Animação, Circo, Dança, Design, Editorial, Gastronomia, Hip Hop, Jogos Eletrônicos, Música, Moda, Museus & Patrimônio e Teatro.


Dos 906 inscritos em todo o Brasil, o edital do Ministério da Cultura selecionou 260 participantes de 102 cidades do país. Desse total, 20 representam o Paraná, seja como compradores ou vendedores de projetos em rodadas de negociação do evento. Além dos participantes brasileiros, a terceira edição do MICBR também traz a Argentina como país convidado de honra.


Para a secretária estadual de Cultura, Luciana Casagrande Pereira, “eventos como este são fundamentais para difundir a potência da economia criativa paranaense para o Brasil e para o mundo, atrair investidores para os projetos e iniciativas culturais do Estado e mostrar o que temos de melhor sendo feito por aqui”.  


PARANÁ E A ECONOMIA CRIATIVA – No Brasil, a economia criativa é responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas nas mais de 130 mil empresas formalizadas. Os 20 representantes do Paraná que participam do evento fazem parte de diferentes setores da cultura e são em maior parte vendedores de ideias e projetos.


O inovador cultural Danilo Sande representa a Exatamente Soluções Educacionais, e é um dos vendedores paranaenses. A empresa, que tem sede em Guarapuava, desenvolve jogos que auxiliam alunos a aprenderem. Um destes produtos é o Nivelamento Online, que é uma plataforma educacional voltada para jogos on-line com sistema de perguntas e respostas personalizáveis. Segundo Danilo, o objetivo de levar esse produto ao evento é a comercialização em instituições educacionais.


Outros dois projetos serão levados às rodadas de negócio. Um deles é o Nio Card Game – jogo de cartas com questões de conhecimento; e o Nio RPG, que é um jogo eletrônico para dispositivos móveis. “Nós esperamos a oportunidade de comercializar efetivamente com as instituições educacionais, buscar parceria para desenvolver as cartas em larga escala e também a coprodução e visibilidade para o Nio RPG”, projetou Danilo Sande.

Presente desde a primeira edição do MICBR, o setor audiovisual e animação manteve o segundo lugar entre os segmentos de maior crescimento econômico no setor criativo em 2019, com índice de 3,1%, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 


A produtora Thais Peixe, da Miralumo Films, irá ao evento como vendedora do eixo audiovisual. O estúdio, localizado em Curitiba, é especializado em produção de filmes de animação originais e também em publicidade. Thais explicou que a participação neste evento é importante para buscar parceiros para coprodução e distribuição. Além disso, ela destacou a diversidade de setores criativos da economia que estão presentes no evento.

“Eu sei que no MICBR tem artistas de todas as áreas. Então não é só cinema, mas também teatro, design, dança… e isso enriquece muito, poder ter contato direto com outras áreas. Fortalece a cultura criativa no Brasil”, destacou Thais.


No mesmo setor de imagem e som, a Olhar é uma distribuidora de conteúdo audiovisual que lançou mais de 30 filmes no mercado brasileiro, dos mais diversos gêneros e perfis. A cofundadora e diretora geral da empresa, Paula Gomes, vai até ao evento como compradora, e tem foco em longa-metragens voltados ao universo LGBTQIAPN+, de gênero de amadurecimento e títulos de cunho político-social.


A diretora explica que ao distribuir um filme, a Olhar faz a campanha publicitária da obra e, por isso, a procura é por parcerias com produtoras na fase inicial de um projeto. “Assim, podemos somar desde o desenvolvimento, pensando na audiência e em como conversar com ela e, também, como auxiliar a empresa produtora nas estratégias de financiamento da obra”, explicou Paula.


Também na posição de compradora, a diretora do Festival de Teatro de Curitiba, Fabíula Passini, explicou que no teatro se trabalha com o máximo de linguagens possíveis, como o improviso, música, dança e também gastronomia. Segundo a gestora, o formato do mercado promovido em Belém se diferencia de outros pela variedade de eixos de negócio e pelo intercâmbio cultural.


“Importante para conhecermos outros trabalhos além dos produzidos aqui, para quem sabe trazermos alguma atração que será conhecida a partir do MICBR e também para que a cultura do Paraná seja conhecida no Brasil inteiro e na Argentina, já que o país convidado do MICBR são eles”, disse Fabíula.


Ainda no campo das apresentações, o festival Telúrica – Festival Feito por Palhaças, é idealizado por oito mulheres, e irá participar das rodadas de negociação na categoria de circo e na posição de vendedor. O festival surgiu com o intuito de fortalecer a arte da palhaçaria feita por mulheres e buscar o protagonismo feminino dos bastidores ao palco.

Yara Rossato, cocriadora do empreendimento, pretende prospectar novas edições e replicar o modelo de festival em outras localidades. “Queremos caminhar para nossa terceira edição presencial [do festival] no ano que vem. Estamos inscritas em vários editais, mas a presença no MICBR deve fortalecer isso. Também esperamos que seja possível fazer parcerias.”

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